sexta-feira, 7 de junho de 2019

confusão. ou não

oscilo entre a clareza e a confusão mental
ora é fácil ver claramente o caminho discursivo a percorrer, ora é um mato fechado numa noite sem luar.
ora é um picadeiro que parece que leva pra algum lugar, mas de repente uma curva muda tudo e nem sei mais de onde vim nem pra onde vou.
calma.
concentra.
respira.
pensa.
e vai.

terra territorio

assalariados rurais
contag
comissão camponesa da verdade

terça-feira, 21 de agosto de 2018

DCNTs e agrotóxicos

Segundo dia do XI seminário de alianças estratégicas da ACT
Brasília

Na mesa sobre a Reunião de Alto Nível sobre DCNTs
falas que não contemplam os agrotóxicos no posicionamento oficial do Brasil perante a ONU.
Intervenção incentivada pela Mari Marcon para pontuar essa questão.

Preocupação pela falha em não incluir os agrotóxicos.
Brasil maior consumidor do mundo, usa 20% de agrotóxicos do planeta.
Essas substâncias causam pelo menos 6 DCNTs: cancer, mutações, má-formação fetal, desregulação endócrina, distúrbios neurológicos e depressão.
Alternativa é a agroecologia.

Atividade seguinte do seminário foi a criação de sugestões para o governo federal (mesmo que provavelmente não sejam incluídos no documento oficial).
Servirá de base para o posicionamento oficial da Aliança sobre o tema.

A redação ficou da seguinte forma:

5. Adoção da Politica Nacional de Redução de Agrotóxicos PL 6670/02 e fortalecimento da politica nacional de Agroecologia e Produção Orgânica
a.  Ampliar as compras Públicas por meio do PNAE, PAA e compras institucionais de alimentos da agricultura familiar, agroecológico ou em transição agroecológica e da pesca artesanal ampliando-as para além dos 30%, e estendendo-as como políticas nos âmbitos estaduais e municipais.
b. Reestruturar a política de ciência e tecnologia visando o fortalecimento das instituições de pesquisa, ensino, e extensão rural e assistência técnica agroecológica e socioambiental, para a realização inclusive de pesquisas socioeconômicas e de impacto tecnológico, importantes para a transição para o modelo agroecológico.
c. Utilização e Conservação Sustentável da Biodiversidade dos agrossistemas terrestres e aquáticos e da agrobiodiversidade dos cultivos e criatórios tradicionais.
d. Instituir ações que possibilitem a comprovação do nexo técnico epidemiológico entre a contaminação pelos agrotóxicos e as doenças crônicas não transmissíveis.
Inúmeros estudos acusam que os agrotóxicos comprovadamente causam DCNTs como: câncer, teratogênese, mutagênese, desregulação endócrina, distúrbios neurológicos e psicológicos. Tanto os profissionais de saúde como os laboratórios periciais devem estar preparados e equipados com tecnologia que permita a detecção dos agrotóxicos. Reincorporação no Programa de Analise de Residuo de Agrotoxicos, da ANVISA, do risco crônico causado pela exposição cumulativa aos agrotóxicos.
e. Formação, capacitação e sensibilização de atores sociais das diversas áreas relacionadas à alimentação e agricultura, para defesa do modelo de produção e consumo sustentável, utilizando os espaços da educação formal, não-formal e informal bem como os espaços públicos dos meios de comunicação.
f. É imprescindível atuar com o princípio da precaução e prevenção de riscos em relação aos organismos geneticamente modificados, radiações ionizantes, antibióticos reguladores, hormônios e outros insumos agroquímicos para cultivos e criatórios.